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#54 – A área do Direito e a tecnologia | Entrevistado: Lucas Euzébio

Adriano Martins Antonio 7 de janeiro de 2022 1040 201 4


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Como ciência, a área do Direito sempre foi algo “atrasado”, no sentido de que ela busca solucionar problemas que já existem. Por outro lado, todos os setores, graças aos avanços tecnológicos, estão cada vez mais dinâmicos e se atualizando mais rápido, e no Direito isso não seria diferente.

Para falar sobre o assunto, conversamos com Lucas Euzébio, Diretor Jurídico da AGS (Associação Gaúcha de Startups), Advogado/Head de Community na Silva Lopes Advogados, escritório especializado em Techs, Scale-ups, Fintechs e proteção de dados e um dos criadores do podcast Startup Life.

Sobre a sua trajetória, Lucas concluiu o ensino médio já sabendo o que queria ser: advogado. Ele trabalhou em vários campos do Direito, segundo ele, “para ter uma visão de cada órgão”. Euzébio saiu da área pública e migrou para a área de tecnologia, quando a AGS foi fundada e também foi convidado para trabalhar na Silva Lopes Advogados.

A Silva Lopes Advogados é um escritório que se diferencia por ser focado em tecnologia. Lucas conta como a empresa alcançou esse estágio: “Desde o dia 0, a gente só trabalha com empresas de tecnologia”. O advogado complementa, dizendo que nos dias atuais, não existe uma divisão entre mercado tradicional e mercado tecnológico, mas apenas um só, e que as empresas de advocacia estão se adaptando a esse novo ecossistema.

Aliás, Euzébio ressalta que hoje a tecnologia é um commodity, e que é obrigatório você trabalhar com tecnologia. O entrevistado também reflete sobre a precariedade e saturação de faculdades na área: “Muitas vezes, elas só te ensinam o básico”, ele conta. Até por isso, ele diz que é um problema a faculdade não desenvolver o advogado como um empreendedor, ou aprender hard/soft skills.

Em relação a desenvolvedores trabalhando no escritório no qual ele é Head, Lucas explica a importância disso, dizendo que precisa de especialistas em tecnologia para lidar com os clientes 100% tecnológicos da empresa.

Apesar do sucesso da Silva Lopes Advogados, será que isso é uma tendência para os advogados? Alguém com perfil mais digital pode crescer mais na área? “Tem muito mercado, eu vejo muitos advogados iniciando e empreendendo”, diz o Head de Community. E complementa, comentando que vários advogados já vem usando soluções tecnológicas, como chatbots.

A Inteligência Artificial também foi um ponto de discussão da conversa. “Eu não vejo a IA tirando o trabalho de advogados, mas somando e muito. Daqui a pouco, advogados vão estar programando contratos”, diz o advogado.

Quando pensamos em Direito e tecnologia, automaticamente lembramos da LGPD. E para Lucas, um bom DPO não precisa ser necessariamente um advogado: “O DPO precisa entender de tecnologia, segurança, ISOs, requisitos mínimos. Quem faz a sustentação da LGPD é o profissional de segurança”, explica o entrevistado.

Perguntado se a LGPD é uma lei muito pesada em questões punitivas para pequenas empresas, e se ela está penalizando a vítima, e não a causa raiz, Euzébio opina: “Eu acredito que é válido ter essa legislação. É mais um desafio para o pequeno empreendedor, pois eu não acredito que uma lei não pode mudar uma realidade, mas ter um papel mais punitivo”.

Lucas também dá dicas para empreendedores de tecnologia que estão começando: “Cuidado com quem você abre sociedade”. Ele dá esse conselho pois problemas societários são um dos motivos mais comuns de processos jurídicos relacionados a startups. Outra dica, segundo Euzébio, é tomar cuidado com a propriedade intelectual/questões de direitos autorais.

Sobre a parte tecnológica do Direito, Lucas também fala do Visual Law. “Acho sensacional quando conseguimos aplicar e traduzir a lei, e é bacana desenhar isso para o cliente. O Visual Law vem para somar, mas temos que tomar cuidado: não pensar que o Visual Law é o core do negócio”.

Por fim, Euzébio conta as maiores bobagens cometidas por empresas na parte jurídica. “É comum empresas se perderem na matemática do cap table”, Lucas cita. Outra bobagem muito comum, segundo o advogado, é sobre quem você vai ofertar opção de compra. “Ele é seu sócio, não é mais empregado”, o entrevistado alerta, dizendo que muitas pessoas querem “demitir” o sócio. “No final do dia, é tudo sobre pessoas”, conclui o entrevistado.

*Ouça a entrevista na íntegra!

*Devido a problemas técnicos com o áudio da entrevista, você poderá ouvir alguns ruídos.

Este podcast é um oferecimento da PMG Academy e é patrocinado pela BRQ Digital Solutions.

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