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Gestão

#39 – Reinventando as formas de trabalho na Transformação Digital | Entrevistado: André Abreu

Adriano Martins Antonio 24 de setembro de 2021 1185 207 4


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A Transformação Digital realmente mudou as nossas vidas, em todos os aspectos. E claro, o modo como trabalhamos também vem sendo remodelado nesses novos formatos. Muito mais do que novas ferramentas, as relações mudaram.

Para provar que isso é real, conversamos com André Abreu, fundador e CEO da BossaBox, empresa que vem trazendo uma nova abordagem para a contratação e relacionamento entre freelancers e empresas.

André, que foi listado na Forbes Under 30 em 2020 como um dos mais brilhantes empreendedores, criadores e game-changers brasileiros, primeiramente explica que, para inovar, não precisa ser necessariamente jovem. “Se você tiver predisposição para tentar fazer as coisas diferentes e ouvir o seu consumidor, a idade não vai atrapalhar”, ele diz, deixando claro que inovação não tem nada a ver com idade.

O CEO da BossaBox também conta um pouco sobre a sua trajetória e da empresa. Formado em Administração pela FGV, foi na faculdade que ele teve o seu primeiro contato com programação e estatística. Foi lá também que André conheceu os seus sócios, em busca de resolver um problema da sociedade. 

O entrevistado se juntou a um desses sócios e criou uma operação de Software House, em 2016. A partir das primeiras entregas, a empresa foi buscar profissionais que ajudassem no desenvolvimento das soluções, combinando desenvolvedores, designers, enquanto André e Giovani (seu sócio) faziam a função de Product Manager. Foi durante esse tempo, também, que o CEO da BossaBox aprendeu com seus primeiros erros. “Deu tudo errado, nós não conseguíamos realizar uma entrega do jeito que a gente queria, mas aprendemos demais sobre como gerenciar um projeto de software”, conta ele. Com isso, foi possível vivenciar tanto a dor das empresas quanto dos profissionais freelancers.

André Abreu também diz que a BossaBox, apesar de ser reconhecida como uma empresa inovadora, começou fazendo o “feijão com arroz”, ou seja, construindo aplicativos e coisas mais básicas, além de atuar no marketing com um trabalho muito parecido de uma agência.

Ele também explicou o termo Prolancer, criado pela empresa: “Nós vivenciamos a dor do freela, e eles queriam migrar para um modelo de trabalho com autonomia e protagonismo de carreira.” Com isso, a BossaBox percebeu que o ajuste na relação entre as empresas que solicitam um serviço e os freelancers faria com que esses profissionais optassem por serem Prolancers – freelancers que vivem disso como modelo de trabalho.

E como funciona o modelo proposto pela BossaBox? André conta que a construção de todo o processo foi feita de forma muito orgânica, além de revelar que inicialmente os profissionais amaram a empresa. “Era toda a flexibilidade de um freela com uma estabilidade financeira e uma relação bastante profissional”, explica o CEO. 

Com 15 mil pessoas no banco de freelancers, a BossaBox mantém de maneira contínua a qualificação dessa base, além de tentar entender como é cada profissional. Entendendo como cada profissional funciona, a empresa busca verificar como cada um combina com o outro, pensando nas possíveis squads. “É proposta de valor para quem está na BossaBox trabalhar com uma pessoa que você gosta”, conta Abreu. Enquanto isso, os clientes entendem qual é a squad que eles precisam.

André também esclarece qual é o posicionamento da BossaBox no mercado: “Eu desenvolvo, seguindo as melhores práticas do mercado, com os melhores profissionais, a sua iniciativa digital.” Além disso, ele também diz que, no momento, a BossaBox não é uma plataforma de relacionamento entre freelancers e empresas, mas uma empresa que faz a entrega do produto aparecer.

E como os profissionais se adaptam a esse novo modelo de trabalho? Para André, esse é um verdadeiro desafio, uma vez que validar a parte técnica é muito fácil. Porém, a grande questão está nas soft skills: “Começamos a ver qual a capacidade que o profissional tem de sentar sozinho, ser produtivo e autogerenciável”, diz o CEO.

Ele também diz que a gestão de todo esse processo é bem complicada, pois nem sempre os clientes estão preparados, e por isso, precisam ajustar a sua cultura para receber os profissionais. Além disso, André conta que a BossaBox sempre analisou que o problema entre freelancers e empresas era o relacionamento, e que por isso, a BossaBox não negocia a favor de um em detrimento de outro. Em outras palavras, ela busca ajudar tanto as organizações que buscam freelancers quanto os próprios profissionais.

André também conta como a BossaBox atrai as empresas que querem contratar esse modelo de trabalho freelance: “Vamos trazer os talentos, gerenciá-lo e alcançar o sucesso no desenvolvimento do produto”, ele explica. Ele também fala que isso é útil pois essa equipe pode ser muito mais produtiva se a própria BossaBox estiver nessa gestão dos times. Abreu fala também que, além da disponibilização de talentos, a BossaBox possui uma plataforma que o profissional verifica como está o backlog do cliente, enquanto que o cliente pode visualizar de uma forma mais clara o negócio, facilitando assim a comunicação.

A grande quantidade de profissionais que participam dos projetos da BossaBox levanta uma inquietação: onde estão os desenvolvedores? Para André Abreu, eles nunca sumiram, mas estão buscando melhores formas de trabalho. Ele cita a questão do dinamismo de preferência, o que, dependendo do modelo de contratação – como CLT, por exemplo – pode desmotivar o profissional, fazendo com que seja mais difícil encontrá-lo.

André também conta um pouco sobre a sua experiência como professor de matemática, e como isso o ajudou no campo dos negócios. “Foi dando aula que descobri o gosto por empoderar pessoas”, e complementa, dizendo que essa é uma marca registrada da cultura da BossaBox.

O CEO também dá dicas para os empresários de tecnologia, que estão na luta em meio à transformação digital: “Mude a sua cultura, porque você precisa disso para ter as melhores pessoas para ter sucesso.” Ele também ressalta a importância dos testes contínuos, não ficando em um ponto de inércia no mercado.

Por fim, Abreu fala sobre o futuro da BossaBox, dizendo que o foco sempre será em empoderar as pessoas, mas que a forma com que isso será feito pode variar. E deixa a sua opinião sobre a maturidade digital no Brasil; para o CEO, estamos em um bom caminho, mas alerta para o distanciamento que pode ocorrer pela complexidade que a área de tecnologia apresenta. “É preciso ser acessível e quebrar os paradigmas da tecnologia e da complexidade que nós mesmos criamos.”

Ouça a entrevista na íntegra!Este podcast é um oferecimento da PMG Academy e é patrocinado pela BRQ Digital Solutions.

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