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Empreendedorismo

#56 – Para empreender em TI, é preciso ir além da Tecnologia | Entrevistado: Alexandre Leite

Adriano Martins Antonio 21 de janeiro de 2022 808 121 4


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Você é um profissional de TI que acabou de abrir a sua empresa, e acha que seu conhecimento técnico vai garantir sucesso na sua trajetória. Saiba que você está cometendo um erro! Para ser bem-sucedido na área de tecnologia, é preciso ir além.

Para falar um pouco sobre o assunto e contar como ser um empreendedor do ramo da tecnologia vai além de habilidades técnicas, conversamos com Alexandre Leite, CEO da Advisor.

Sobre sua história, Leite conta que sempre gostou de desenvolver negócios, ao ponto de abrir sua primeira empresa aos 17 anos, durante a crise na Era Collor. Alguns anos depois, em 1992, o entrevistado criou uma empresa que atuava na área de telefonia celular, financiando linhas e aparelhos. Porém, devido à privatização das Telecoms, o CEO migrou para a vida executiva, e desde 2014 está no comando executivo da Advisor. A empresa atua no setor de trading e compra de energia, além de lidar com a patente de meios de pagamento de frotas, permitindo o uso de máquinas e cartões.

Apesar de ser uma empresa em franco crescimento, Alexandre diz que não é um objetivo se tornar um unicórnio. Aliás, perguntado sobre a (não) necessidade de perseguir esse sonho por parte das empresas, ele diz: “O unicórnio é uma conjunção de fatores que tornará ele ser assim. O que ocorre é que buscamos esse mito e esquecemos do dia a dia, achando que vamos ter um negócio gigantesco”. E ele dá a dica para quem busca se tornar um unicórnio: “O primeiro passo é fazer uma pequena célula que funcione. Tenha algo consistente, que pague as contas”.

Para se tornar um unicórnio saudável, Alexandre diz qual é o ponto de equilíbrio: “Temos que escolher qual tipo de negócio nós queremos montar.” E ele complementa, exemplificando com os camelos (empresas unicórnios que trabalham com uma estratégia de alavancagem de capital). Para ele, esse modelo tende a dar mais certo, por permitir uma estrutura com aporte de capital.

Mas será que o sonho de se tornar um unicórnio é compartilhado por muitos empresários? Para Alexandre, não exatamente: “O empresário já passou dessa fase, já se situou, teve alguma dificuldade na construção do negócio. O empresário, exceto aquele que quer investir, não corre atrás disso”. Na opinião do entrevistado, esse objetivo está mais presente em empreendedores jovens.

Outro ponto importante da entrevista é sobre a mudança de modelos de negócio por parte das empresas de telecomunicação. Muitas delas estão oferecendo outros tipos de serviços, especialmente financeiros. Segundo Alexandre, essa é uma tendência mais fácil para esse segmento, mas que deveria ser seguida por outras linhas de negócio, como o varejo. “O modelo varejo, de loja física, comprando bens de serviço não é sustentável”. Alexandre acredita que uma possibilidade seria criar planos de assinaturas para esses bens, uma vez que isso já é uma tendência para outros produtos, como carros.

Usando o exemplo da Magazine Luiza, o entrevistado diz que não é possível comparar a horizontalidade da empresa comandada por Luiza Trajano com uma Amazon. E ele também fala que esse segmento pode não existir agora, mas que é possível criar um marketplace diverso. Para Alexandre, essa mudança cultural ainda vai acontecer.

Falando sobre formas de negócio inovadoras, Alexandre orienta sobre o que é preciso ser feito para que haja sucesso: “É importante ir no chão de fábrica e ver o que há de errado. Entregar não é fácil, e você precisa de criatividade”.

Alexandre também discute sobre o papel da sustentabilidade no mercado de energia: “Eu não acredito que a sustentabilidade seja uma bala de prata. Mas, acredito no mercado de carbono (mais do que nos bitcoins)”. Para o entrevistado, a grande questão da sustentabilidade é que “existe uma necessidade de se quantificar isso, mas ainda não há uma metodologia”. O CEO conta que o interesse nesse mercado tem aumentado: “5% dos meus clientes nos últimos meses perguntaram sobre o crédito carbono, e muitas empresas estão sendo perguntadas sobre energia renovável”.

Leite também possui um currículo acadêmico respeitável, estudando em várias universidades estrangeiras. Para ele, a grande diferença para lá é o uso de muitos estudos de caso e de soluções durante o ensino.

Por fim, o entrevistado fala sobre os erros que cometeu e que não cometeria novamente sendo um empreendedor: “O que faltou pra mim: formação e aprendizado. A formação e o preparo para empreender evita com que você faça muitas besteiras enquanto empreende. É legal empreender, ter a parte acadêmica, mas é preciso estar perto de pessoas que vão te provocar”.

Este podcast é um oferecimento da PMG Academy e é patrocinado pela BRQ Digital Solutions.

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